segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Síndrome de Guillain-Barré


A misteriosa deteriorização da bainha de mielina

A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença rara na qual os nervos periféricos se deterioram. O dano de um nervo causa freqüentemente fraqueza muscular (muitas vezes chegando a causar paralisia total), e pode causar anormalidades de sensação, inclusive dor, formigamento, sensação de “comichão na pele”, ou até desequilíbrio.
O que torna a síndrome de Guillain-Barré uma emergência médica é que a fraqueza pode afetar os músculos do tórax responsáveis pela respiração. Se eles são paralisados, o paciente pode morrer por falta de oxigênio. O paciente deve ser monitorado cuidadosamente; normalmente em um hospital, para ter certeza que a respiração e outras funções vitais são mantidas.

Etiologia
Ninguém sabe o que causa a síndrome de Guillain-Barré. Na maioria dos casos é uma desordem auto-imune na qual o sistema imunológico do corpo ataca e destrói a cobertura de mielina que envolve os nervos longos. A Mielina protege o nervo e ajuda a acelerar a transmissão dos impulsos elétricos por ele. Se a mielina é destruída, os impulsos nervosos viajam muito lentamente e podem ser interrompidos. Se os músculos não são ativados, eles não funcionarão corretamente. Por esta razão as pessoas com a síndrome de Guillain-Barré experimentam fraqueza e paralisia de certos grupos musculares.
Como a doença acomete somente algumas pessoas é um mistério. Em mais de dois-terços dos pacientes, a síndrome de Guillain-Barré ocorre três semanas após uma doença virótica, como um resfriado ou a gripe, ou após uma infecção bacteriana (particularmente a bactéria chamada Campylobacter jejuni que causa infecções intestinais). Alguns cientistas acreditam que o vírus causador pode afetar as células do sistema nervoso de forma que elas são atacadas pelo sistema imune do corpo. Alternativamente, o vírus pode sensibilizar partes do sistema imune de forma que isto ataca a mielina. Pesquisas das causas da síndrome de Guillain-Barré continuam.

Quadro clínico

Os sintomas da síndrome de Guillain-Barré variam de pessoa para pessoa e podem ser moderados ou severos. Freqüentemente, o primeiro sintoma significativo que a pessoa com esta doença notará é a fraqueza, e freqüentemente ela é sentida em ambas as pernas. Com o passar do tempo, a fraqueza envolve os braços ou a cabeça, afetando os olhos, os movimentos da cabeça e a fala, depois de ter afetado as pernas em primeiro lugar.
A doença progride rapidamente, e a maioria dos pacientes atinge seu cume, com fraqueza das pernas, braços, tórax, e outros músculos por volta três semanas após o começo da doença. Em alguns casos, a fraqueza pode progredir muito rapidamente: A fraqueza que se inicia nas pernas pode progredir para completa paralisia das pernas, braços e músculos da respiração num curso de horas ou de muito poucos dias.



Por isso, uma pessoa que desenvolve fraqueza súbita nas pernas ou braços deve entrar em contato com seu médico imediatamente.

Hoje, abertura da...



31/08 - Síndrome de Guillain-Barré

Cretinismo



É uma disfunção da glândula tireóide em não fabricar tiroxina bastante, ou nada, para funcionamento do corpo.

Sintomas: Um grande número de pessoas apresentam sintomas "vago" de cansaço e desanimo. Muitos acabam atribuindo a esses sinais, de forma errónea, ao avanço da idade. Os sinais e sintomas mais comuns do hipotireoidismo são: fadiga, desanimo, movimentos lentos, discreto aumento de peso ou dificuldade para perde-lo, sonolência diurna, intolerância ao frio, memória fraca, irregularidade menstrual ( e em casos mais graves até infertilidade), dores e câimbra musculares, cabelos e pelos secos, queda de cabelos, unhas fracas, prisão de ventre, depressão, irritabilidade, rosto e mãos inchadas.

domingo, 30 de agosto de 2009

Espondilite Anquilosante


A espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica que acomete preferencialmente as articulações da coluna vertebral, podendo evoluir com rigidez e limitação funcional progressiva do esqueleto axial, ocorre ainda nas grandes articulações, como os quadris, ombros e outras regiões.
Esta patologia costuma ser frequente nos jovens adultos (entre a segunda e a quarta décadas de vida), em pessoas brancas e do sexo masculino. Não apresenta uma causa comprovada, mas sabe-se que tem uma relação com a herança genética, pois indivíduos que apresentam o marcador genético comum (HLA-B27) representam 80% dos acometidos.
Os sintomas podem variar de simples dores nas costas, na grande maioria das vezes nas nádegas, até uma doença grave, que ataca a coluna, juntas e outros locais do corpo, resultando em grande incapacidade devido a um “congelamento” das vértebras da coluna que com o decorrer do tempo, vão dificultar inclusive um simples passo para caminhar.
A espondilite anquilosante é uma doença que não tem cura, porém se for tratada precocemente pode-se proporcionar um quadro menos doloroso para o indivíduo, para isto faz-se necessário um acompanhamento multiprofissional, onde a colaboração de todos é essencial, inclusive a do paciente.

sábado, 29 de agosto de 2009

vem aí...



A "semana de neuro" vem aí, trazendo informações sobre patologias neurológicas que comprometem direta ou indiretamente a perfeita cinética humana.
O nosso intuito é contribuir para o aperfeiçoamento do conhecimento de profissionais e estudantes de cursos e áreas afins, através da informação mais segura e embasada possível.


Patologias e Movimentos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

DOENÇA DE PARKINSON

A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurológica progressiva caracterizada por bradicinesia, tremor de repouso, rigidez e instabilidade postural. A prevalência da DP é estimada em 100 a 200 casos por 100.000 indivíduos, acometendo preferencialmente o sexo masculino a partir da sexta década de vida. (Revista Neurociência, 2004).

Na doença de Parkinson produz-se uma degenerescência nas células dos gânglios basais que ocasiona uma perda ou uma interferência na ação da dopamina e leva a menos conexões com outras células nervosas e músculos. A causa da degenerescência das células nervosas e da perda de dopamina, habitualmente, não é conhecida. O fator genético não parece desempenhar um papel importante, embora a doença às vezes tenda a afetar famílias.

Há ocasiões em que se pode conhecer a causa. Em alguns casos a doença de Parkinson é uma complicação tardia da encefalite viral, uma infecção semelhante à gripe, relativamente pouco freqüente, mas grave, que causa a inflamação do cérebro. Noutros casos, a doença de Parkinson deve-se a processos degenerativos, fármacos ou produtos tóxicos que interferem ou inibem a ação da dopamina no cérebro. Por exemplo, os antipsicóticos utilizados no tratamento da paranóia grave e da esquizofrenia interferem com a ação da dopamina sobre as células nervosas.

A progressão dos sintomas é usualmente lenta, mas a velocidade com que essa progressão se desenvolve é bastante variável em cada caso. Os primeiros sintomas da DP têm início de modo quase imperceptível e progride lentamente o que faz com que o próprio paciente ou seus familiares não consigam identificar o início preciso das primeiras manifestações. O primeiro sinal pode ser uma sensação de cansaço ou mal estar no fim do dia. A caligrafia pode se tornar menos legível ou diminuir de tamanho, a fala pode se tornar mais monótona e menos articulada. O paciente freqüentemente torna-se deprimido sem motivo aparente. Podem ocorrer lapsos de memória, dificuldade de concentração e irritabilidade. Dores musculares são comuns, principalmente na região lombar.

Os sintomas da doença de Parkinson variam de pessoa para pessoa. Algumas pessoas podem apresentar sintomas graves, enquanto outras apresentam apenas alguns sintomas leves. No início, os sintomas da doença de Parkinson podem afetar apenas um lado do corpo. Mais tarde, freqüentemente, ambos os lados são afetados. Em geral, os sintomas mudam com o passar do tempo - A memória e o raciocínio são geralmente afetados.

O tratamento deve ser contínuo e ser iniciado assim que é feito o diagnóstico. Deve incluir a fisioterapia (com a estimulação da atividade física), o suporte psicológico, a terapia ocupacional, o uso de drogas específicas e mais raramente a intervenção cirúrgica.

A doença de Parkinson é progressiva. Não é possível prever o quão rapidamente a doença progredirá. Mas com a progressão, todos os sintomas se tornam acentuados.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

REMO OU CANOAGEM? Qual o mais "perigoso"?



Remo é um esporte bem mais intenso do que parece!

O motivo? O remo, como você mesmo imaginou, é um esporte que trabalha uma quantidade maior de grupamentos musculares que a canoagem. Não posso descrever toda a cinesiologia e a biomecânica do remo, mas posso citar aqui o seguinte:

Lista de músculos trabalhados durante uma simples remada:

Tronco e Abdome: Reto abdominal, trapézio, serrátil anterior, eretores da espinha, grande dorsal, peitoral maior, peitoral menor, rombóides.

Ombro e Membro Superior: Tríceps braquial, flexores dos dedos e do polegar, flexores do punho, deltóide, supra-espinhoso, coracobraquial, bíceps braquial, infra-espinhoso, subescapular, redondo maior, redondo menor, braquial, braquiorradial, flexor e extensor ulnar do carpo, pronador redondo.

Quadril e Membros Inferiores: Iliopsoas, sartório, glúteos, isquiotibiais, gastrocnêmio, tibial anterior, quadríceps femoral, sóleo.

A canoagem exige menor esforço da musculatura da coluna vertebral e menos ainda da musculatura do quadril e dos membros inferiores. Tanto que as contusões observadas nos membros inferiores dos canoístas estão mais relacionadas a traumatismos diretos e conseqüências de adotar uma posição estática por período prolongado.

No remo:

1 – Joelhos : A condromalácia patelar e a fricção do trato iliotibial são as mais comuns. Traduz-se a primeira pelo atrito da patela com o fêmur, que é doloroso. A segunda se trata do atrito de uma faixa tendinosa chamada trato iliotibial com a face lateral superior do joelho.

2 – Coluna : Sobrecarga muscular causando lombalgia é a afecção mais comum. Muito cuidado deve ser tomado para a lesão não evoluir para hérnias discais ou uma espondilolistese (leia-se : Uma vértebra escorrega sobre a outra)

3 – Arcos costais : Podem acontecer fraturas por estresse, por causa da força intensa da musculatura sobre a costela. Mas curam sem seqüelas

4 – Punho : Tendinite dos extensores do punho é comum, pela força que é feita.

5 – Mãos : Calosidades, bolhas, ferimentos.

Citei as mais comuns. Outras são possíveis, mas ocorrem em menor escala.

Na canoagem:

1 – Punho : Também a tendinite dos extensores do punho é a mais comum.

2 - Ombro : Lesão que não ocorre com tanta freqüência no remo, a síndrome do impacto e as luxações do ombro, dada a dinâmica mais intensa de movimentos na canoagem, são mais comuns.

3 – Coluna : Lesões e contraturas muscularesp

4 – Pelve e membros inferiores : Como já falei anteriormente, nestes casos a lesão é mais conseqüência de traumatismos diretos ou de pressão das paredes da canoa sobre o corpo. Pode haver compressão do nervo ciático pela pressão excessiva de estar muito tempo sentado, calosidades, bursite peripatelar, etc.

Escolha o que você achou menos perigoso e divirta-se!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

LESÕES EM ACADEMIAS

A cada dia academias do mundo inteiro desenvolvem exercícios e atividades cada vez mais inovadoras para o tratamento do corpo, onde unem práticas aeróbias com pesos, aparelhos de última tecnologia e assim por diante. Porém, junto com estas inovações, cresce também o número de problemas físicos ocasionados por situações diversas, tais como má aplicação do exercício, falta de formação especializada na área e até mesmo a falta de estudos científicos sérios nos quais as atividades aplicadas possam estar embasadas.

Sobrecarga de peso nos aparelhos de musculação, somado a posição inadequada nos mesmos é outro grande desencadeador de lesões. É sempre importante fazer exercícios preventivos, no sentido de fortalecer músculos, tendões e ligamentos, preparando o seu corpo para a atividade. Respeitar as limitações da estrutura corporal é um pré-requisito importante para se ter sucesso na academia.

As lesões mais frequentes na academia localizam-se nas articulações do joelho e ombro. A condromalácea patelar, a tendinite e dores localizadas nas vértebras lombares são alguns exemplos de problemas gerados pela prática incorreta. Alguns exercícios são excelentes para prevenir esses tipos de lesões e deveriam ser obrigatórios no programa de treinamento.

A articulação do joelho agüenta pesos exagerados, séries de exercícios contínuas e o impacto, mas ao mesmo tempo ela é vulnerável, por não ser protegida por muitos músculos. Sendo que é a maior articulação do corpo, e sua estrutura é bastante complexa por estarem envolvidos de ligamentos, meniscos e tendões.

Existem duas causas de dor nesta região: um problema local, ou seja, quando uma ou mais estruturas da articulação apresentam algum defeito congênito ou causado por traumas, ou porque há inchaço ou inflamação articular, devido a vários estímulos inadequados.

O problema mais comum são as entorses, que podem gerar lesões no menisco e ruptura de ligamentos.

As tendinites também são comuns e provocadas por trauma ou por esforço físico e são caracterizadas pelo desgaste dos tendões. O principal sintoma é a dor localizada, principalmente após os exercícios.
Ao invés de fazer bem para a saúde, os exercícios em academias podem acabar se tornando um caminho fácil para diversos problemas.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

AVC (Acidente Vascular Cerebral), atualmente AVE (Acidente Vascular Encefálico)



A definição de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Dicionário Médico é uma manifestação, muitas vezes súbita, de insuficiência vascular do cérebro de origem arterial: espasmo, isquemia, hemorragia, trombose (Manuila, Lewalle e Nicoulin, 2003).
Acidente Vascular Cerebral é um derrame resultante da falta ou restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, que pode provocar lesão celular e alterações nas funções neurológicas. As manifestações clínicas subjacentes a esta condição incluem alterações das funções motora, sensitiva, mental, perceptiva, da linguagem, embora o quadro neurológico destas alterações possa variar muito em função do local e extensão exacta da lesão (Sullivan, 1993).
O AVE tanto pode ser isquêmico (resultado da falência vasogênica para suprir adequadamente o tecido cerebral de oxigênio e substratos) como também hemorrágico (resultado do extravasamento de sangue para dentro ou para o entorno das estruturas do sistema nervoso central).
Estudos comprovaram que a principal causa do AVE é a aterotrombose, e ainda que cerca de 40% a 50% dos acometidos por essa patologia morrem após seis meses e a mesma é considerada a primeira causa de incapacitação funcional no mundo ocidental.
Convém salientar que programas de reabilitação têm contribuído significativamente para diminuir os danos causados pela doença; porém, para que o êxito seja alcançado, é fundamental que se inicie, o mais cedo possível, medidas de reabilitação como forma de garantir uma recuperação eficaz. A reabilitação deve ser iniciada assim que o quadro clínico estabilizar. (Hickey JV, 1997).

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Desequilíbrio...





A coluna vertebral vista por trás deve ser reta, alinhada. A escoliose é uma deformação morfológica da coluna vertebral nos três planos do espaço (Souchard e Ollier, 2001). Assim, a coluna realmente se torce, não somente para os lados, mas para frente e para trás e em volta do seu próprio eixo. Essa torção em maiores graus determina a gravidade da escoliose e a forma de ser tratada.
Classificação da escoliose quanto a forma da curva: curva simples, sendo esta à direita ou à esquerda (escoliose em “C”); Curva dupla, (escoliose em “S”). Lembrando que a direção da curva é sempre identificada pela convexidade da coluna.
Causas:
• Idiopática: causa desconhecida (70% dos casos)
• Neuromuscular: seqüela de doenças neurológicas, como por exemplo poliomielite, paralisia cerebral.
• Congênita: oriunda de uma má-formação
• Pós-traumática

domingo, 23 de agosto de 2009

OBESIDADE NÃO!



A obesidade, em geral, é definida como o acúmulo excessivo da gordura corporal, associada a problemas de saúde, trazendo, por conseguinte, prejuízos ao indivíduo.

Entre os fatores de risco que se destacam nos quadros de obesidade estão os ambientais, sociais, culturais, genéticos, metabólicos, socioeconômicos, psíquicos. Ela pode ser endógena ou exógena, sendo que a última é responsável por 90% dos casos de obesidade.

Dois fenômenos histológicos são importantíssimos a serem analisados: a hiperplasia (aumento do número de células do tecido adiposo), e hipertrofia, que é o aumento do diâmetro das mesmas. A hiperplasia é mais característica quando o indivíduo é criança, bem como nos períodos de crescimento. Enquanto que o aumento do diâmetro das mesmas se dá mais quando o indivíduo é adulto. Clinicamente, essas células (adipócitos) estão presentes em números exagerados, o que faz com que as dimensões corporais aumentem.

Dentre os principais sintomas, estão o aumento da circunferência total da cintura ,do Índice de Massa Corporal (IMC) e das dobras cutâneas . Segundo a Organização Mundial de Saúde, ela pode ser classificada com obesidade grau I, II e III, dependendo do IMC.

A distribuição de gordura pode ser variável, sendo que as principais são a obesidade andróide (gordura mais acentuada na região do abdome) e a ginecóide, quando a gordura se distribui mais na área dos quadris. A primeira traz mais riscos ao paciente que a segunda, como por exemplo, risco de Acidente Vascular Encefálico, Diabetes, Osteoartrose, Hipertensão Arterial, e Infarto do Miocárdio.


CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E VEJA COMO MANTER O PESO COMENDO:

sábado, 22 de agosto de 2009

Nadadores e as lesões no ombro



  • Nadadores e as lesões no ombro

Um dos problemas mais comuns em nadadores e triathletas é o chamado "ombro do nadador", uma condição causada por sobrecarga que resulta em tendinite do manguito rotador (supraespinhoso) e/ou bíceps ou bursite subacromial. Em várias ocasiões é diagnosticado uma síndrome do impacto e que em nadadores jovens deve-se pesquisar como uma microinstabilidade ou instabilidade do ombro como causa primária. Muitos nadadores iniciam a prática deste esporte por volta dos sete anos de idade e com exigências cada vez maiores. Além das sessões de natação, o treinamento de força muscular aumenta o trabalho no ombro dos praticantes de alto rendimento. A condição de impacto da bolsa subacromial, do supraespinhoso e do tendão do bíceps, contra o acrômio é alta. Esta condição causa sobrecarga e microtrauma nos nadadores que leva ao desenvolvimento de instabilidade no ombro (falência progressiva dos ligamentos e cápsula). A irritação continuada do supraespinhoso pode causar uma diminuição do espaço subacromial causando, secundariamente, impacto e a possibilidade de bursites de repetição. Técnicas novas, nos nadadores, procuram evitar este impacto para que sejam minimizados os seus efeitos, tais como manter o cotovelo em um plano mais alto na fase de recuperação do movimento, deixando a mão na altura da crista ilíaca. Ao contrário da coxa, como normalmente é feito diminuindo o impacto do manguito no espaço subacromial. Também a diminuição do tempo de treinamento com "hand paddles" que aumentam a resistência da água e que exacerbam a dor nos ombros. Alongamentos de toda a musculatura dorsal, principalmente dos rombóides, ao invés da cápsula posterior, e reforço dos estabilizadores da escápula mantêm um movimento mais apropriado e seguro para o ombro. Repouso adequado para uma reabilitação completa é extremamente importante, buscando alternativas de treinamento que não sobrecarreguem a articulação, como bicicleta, por exemplo. O tratamento fisioterapêutico é essencial. Deve ser baseado no reforço dos rotadores externos e estabilizadores da escápula. O tratamento cirúrgico é raramente indicado e é reservado sempre para os casos em que o tratamento conservador não resolveu o problema.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

EPICONDILITE LATERAL

A epicondilite lateral também conhecida como cotovelo de tenista (tennis elbow), é descrita como uma lesão crônica dos tendões que tem origem no epicôndilo lateral do cotovelo. Devido às atividades que exigem um esforço maior e anormal dos músculos extensores do punho ou dos pronadores do antebraço, por tensões continuas da articulação do cotovelo e etc.
Essa doença pode acometer pessoas que praticam atividades físicas como no caso tênis, squash, basquete, esgrima, lançamento de dardo, de martelo e etc. Porém, pode acometer trabalhadores que não praticam atividades físicas, devido a trabalharem de forma inadequada (sem materiais ou postura imprópria).
Podem ocorrer mudanças internas da estrutura e degeneração da sua matriz, incapacitando a regeneração e maturação em tendão normal. A modificação do tendão é denominada como TENDINOSE.
A tendinose, quando estudada microscopicamente, caracteriza-se por processo degenerativo com aumento do número de fibroblastos, hiperplasia vascular e desorganização do colágeno.
Na sua patogênese são definidos quatro estágios:

  • Processo inflamatório, sem alterações patológicas;

  • Alterações na estrutura tendínea (tendinose/hiperplasia angiofibroblástica);

  • Tendinose com rotura tendínea;

  • Tendinose com rotura associada com calcificação e/ou ossificação periarticular. (FILHO et. al., 2004).

Clinicamente, a epicondilite lateral, caracteriza por dor centrada no epicôndilo lateral do cotovelo e que irradia para a musculatura extensora do punho e da mão. Sendo que a evolução dessa doença pode ser satisfatória com o tratamento conservador: como o repouso para controlar a dor e a inflamação, crioterapia, analgésicos, antiflamatórios e reabilitação. Além da preservação da flexibilidade, mobilidade e força do cotovelo. Caso o tratamento medicamentoso e fisioterápico não estabeleça melhoras, ou seja, não houver remissão total ou parcial progressiva, faz-se necessário a intervenção cirúrgica.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

DISFUNÇÕES TÊMPORO-MANDIBULARES





D-ATM, ou disfunção da articulação temporomandibular, é uma alteração da articulação que liga o maxilar à mandíbula que pode, por exemplo, não estar funcionando adequadamente. Essa articulação é uma das mais complexas do corpo humano, responsável por mover a mandíbula para frente, para trás e para os lados. Qualquer problema que impeça a função ou o adequado funcionamento deste complexo sistema de músculos, de ligamentos, de discos e de ossos é chamado de D-ATM. Geralmente, a D-ATM dá a sensação ao indivíduo acometido de que sua mandíbula está saltando para fora, fazendo um estalo e até travando por um instante. A causa exata desta disfunção, em geral, é impossível de ser identificada.
Quais os sintomas da D-ATM?
Disfunções de ATM apresentam muitos sinais e sintomas. É difícil saber com certeza se você tem D-ATM, porque um destes sintomas ou todos eles podem também estar presentes em outros problemas. Seu dentista poderá ajudá-lo a fazer um diagnóstico preciso, através de uma história médica e dentária completa, um exame clínico e de radiografias adequadas.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Condromas









Condromas

Os CONDROMAS ou doença de OLLIER são tumores benignos de cartilagem hialina na superfície óssea, as áreas mais acometidas são os ossos tubulares curtos das mãos e dos pés. É mais frequentes da terceira á quinta década de vida.

Em sua maioria, os encondromas são assintomáticos. Em alguns casos, são dolorosos e causam fratura patológica, seus tumores cartilaginosos podem ser numerosos e grandes, causando deformidade.O potencial de crescimento dos condromas é limitado, e a maioria permanece estável. Podem voltar a crescer se a excisão cirúrgica for parcial.





terça-feira, 18 de agosto de 2009

Uso abusivo de álcool & Músculos Esqueléticos: Eles realmente não têm “química”!




O álcool etílico é a droga mais usada e da qual hás maior abuso no mundo. Ele é consumido nas bebidas alcoólicas (cerveja, vinho, destilados). Em bebedores ocasionais, um nível de álcool sanguíneo de 200mg/dl produz embriagues, coma e morte. Consumidores habituais podem tolerar níveis sanguíneos de álcool de até 700mg/dl. Essa tolerância metabólica é explicada, parcialmente, pela indução cinco a 10 vezes maior da enzima metabolizadora de xenobióticos CYP2E1 do citrocromo P-450. Tal indução aumenta o metabolismo do etanol. Este metabolismo é diretamente responsável pela maioria de seus efeitos tóxicos.
Entre estes efeitos tóxicos, estão os relacionados com o sistema esquelético: a toxidade direta do etanol pode lesar os músculos esqueléticos, do qual resulta fraqueza muscular, dor, e degradação da mioglobina, ocasionando efeitos negativos à cinética humana.



Use bem a cabeça antes de ingerir o primeiro gole, depois você poderá está intoxicado e não se responsabilizar pelos seus atos e movimentos, isto é, se conseguir realizá-los!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

HÉRNIA DISCAL


A coluna vertebral é dividida em cervical, torácica, lombar e sacral, entre as vértebras existem os discos intervertebrais que impedem o atrito entre as mesmas, evitando um desgaste ósseo.

Quando a coluna sofre pequenos traumas o núcleo do disco intervertebral vai se deslocando. A hérnia de disco surge quando este núcleo migra para a periferia, em direção ao canal medular, ocasionando um extravazamento deste, consequentemente causando dores na região acometida.

A hérnia de disco pode ser provocada por inúmeros fatores, dentre eles, a sobrecarga na coluna, traumas, hereditariedade, entre outros. Existem três tipos de hérnia discal: protusa, extrusa e sequestrada.

Em decorência da hérnia de disco o indivíduo apresentará parestesia (formigamento) nas proximidades da coluna que foi afetada com irradiação para os membros e outras partes do corpo e apresentará ainda dores intensas que prejudicará a mobilidade normal, causando mesmo que indiretamente um distúrbio cinesiofuncional.

sábado, 15 de agosto de 2009

Osteoporose




A osteoporose é uma doença que atinge os ossos. Caracterizam-se quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. Sendo mais comum em mulheres que em homens. As mulheres são mais atingidas pela doença, uma vez que, na menopausa, os neveis de estrógeno caem bruscamente. Com isso, os ossos passam a incorporar menos cálcio (fundamental na formação do osso), tornando-se mais frágeis.


É muito difícil de ser diagnosticada no inicio, pois a progressão da osteoporose é lenta, e só aparecerão os sintomas quando a patologia está com certo grau de gravidade.















sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Osteólise e desgaste nos componentes acetabulares

Osteólise é uma complicação reconhecida nas artroplastias cimentadas do quadril. Charnley relata nos primeiros trabalhos realizados freqüência significativa de osteólise associada a infecção; atribui a esta a causa da osteólise. São partículas de polimetilmetacrilato localizadas em áreas de osteólise ao redor dos componentes cimentados soltos. Por estar associada à soltura asséptica ou infecciosa nas artroplastias cimentadas, a osteólise foi incorretamente descrita como “doença do cimento”.
Maior incentivo foi dado ao desenvolvimento das artroplastias não cimentadas, visto ser um de seus propósitos evitar a “doença do cimento”. Porém, no seguimento das artroplastias não cimentadas, com ou sem sinais e sintomas de soltura, foi encontrada a osteólise, dessa maneira, reconheceu-se a osteólise também como uma complicação das artroplastias não cimentadas. Com isso, a teoria da “doença do cimento” foi reformulada.
Embora não seja caracterizada como entidade própria, passou- se a estudar a osteólise localizada com o objetivo de definir suas possíveis causas e, conseqüentemente, evitar seu aparecimento.
Na pelve a osteólise localizada é encontrada na interface, ou no osso esponjoso em situação justacetabular. Radiograficamente, manifesta-se como lesões destrutivas, expansivas, de características císticas, com perda do trabeculado ósseo, de tamanho variado e em alguns casos rodeada por fino halo de osso esclerótico. Deve ser diferenciada da radioluscência linear, que aparece na interface implante-osso, a qual, ao mostrar-se progressiva nos exames radiográficos periódicos, é sugestiva de soltura do componente acetabular.
Com o aperfeiçoamento do material de implante associado à melhoria da técnica cirúrgica, pensou-se que a taxa de complicações, entre elas infecção e soltura, nas artroplastias não cimentadas, sofreria redução significante, com isso, ter-se-iam resolvido as complicações advindas do cimento. Entretanto, observa-se que a osteólise localizada também é encontrada nas artroplastias não cimentadas e suas conseqüências necessitam maior atenção.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

BURSITE


A bursite é uma inflamação da Bursa, que é uma bolsa que possui líquido sinovial e são revestidos de fibras de colágeno e membrana sinovial. Tem a função de minimizar o atrito entre duas estruturas como tendão e osso ou tendão e músculo, a diminuição da irritação associada ao movimento; protege a proeminência óssea. As bursas se localizam geralmente perto da inserção do tendão e articulação. Ocorre esse tipo de patologia principalmente nos ombros, cotovelos e joelhos.

Sendo que as causas da bursite são traumatismos, infecções, lesões por esforços, uso demasiado da articulação, movimentos periódicos, artrite (inflamação das articulações), gota (depósito de cristais de ácido úrico na articulação), por alterações genéticas, ou por desempenho de organismos piogênicos ou granulomatosos.

Os antiflamatórios assim como, os corticóides ajudam nos tratamentos desta patologia, além da diminuição dos movimentos na região comprometida. Sendo que também a fisioterapia vai auxiliar na recuperação do paciente com massagens, estímulos elétricos entre outros, que promovem a ativação do músculo. Sendo que a sintomatologia da bursite caracteriza por dor intensa e incapacitante, edema, inflamação e restrição de movimentos. Na articulação do ombro; os sintomas relacionados com a bursite podem irradiar para o braço e região cervical.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

PSEUDOARTROSE



Pseudoartrose é a não consolidação de uma fratura. Após um trauma ou fratura, um tratamento é feito com o objetivo de que as partes de um osso tornem a se unir ou soldar.
Quando isso não acontece, surge então o problema da pseudoartrose.
Também definida como falsa articulação, a pseudoartrose caracteriza-se então pela falta de consolidação óssea em relação a uma fratura ou mesmo a uma artrose, de acordo com o Hospital das Clínicas da FMUSP.
Caso a fratura não seja detectada e a pessoa continue fazendo movimentos, e caso não seja estabilizada logo após sua ocorrência, podem ocorrer deformidades, encurtamento do osso e, consequentemente, dos membros, além de rigidez articular e dor.

A pseudoartrose sempre necessita de tratamento e geralmente é necessária uma intervenção cirúrgica para corrigir o problema. Existe um tratamento com ultrassom, em que o calo ósseo é estimulado.
Dentre as formas de tratamento mais indicadas para curar a pseudoartrose o tratamento com ultrassom (Dr. Mauro Bosi).
Em geral, como uma fratura provoca dor intensa no indivíduo, este tende a procurar ajuda médica o mais rápido possível, o que acaba sendo benéfico. O mais importante é prevenir a pseudoartrose, tratando corretamente as fraturas desde o seu início. (Dr. Mauro Bosi).

terça-feira, 11 de agosto de 2009

ÚLCERAS DE PRESSÃO



Úlceras de pressão, de decúbito ou “escaras” são lesões que acometem o tecido cutâneo, levando à sua destruição parcial ou total. São comuns em pacientes acamados por longo período e privados de movimentos, ocasionando um quadro de compressão, lesão isquêmica e conseqüente destruição tecidual (Moura, Silva & Godoy).
As escaras podem ser classificadas de acordo com o grau de comprometimento tecidual, atualmente existem quatro graus, sendo que quanto maior for a lesão maior vai ser o grau de classificação.
A prevenção é a melhor forma de evitar o surgimento desse tipo de lesão, e medidas simples podem ser implementadas. O tratamento é com auxílio de medicamentos tópicos, utilizados após limpeza completa do ferimento, controle do estado nutricional do paciente e aplicações com laser de baixa intensidade que aceleram a cicatrização da lesão (Moura, Silva & Godoy).

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

DRIBLES PERIGOSOS



Como o futebol caracteriza-se pelo intenso contato físico, movimentos curtos, rápidos e não contínuos, tais como aceleração, desaceleração e mudanças abruptas de direção, as lesões traumáticas são cada vez mais presentes.
Em se tratando de atletas, as lesões esportivas podem ser descritas como uma síndrome dolorosa que atue impedindo-os de desempenhar suas atividades esportivas, ou ainda, prejudicando seu desempenho. As principais lesões são as musculares, ósseas, meniscais e ligamentares.
Vale salientar que dependendo do tipo de lesão, o atleta demora mais a se recuperar, ou não. As lesões mais freqüentes são as musculares, a exemplo, as conhecidas como estriamento muscular. Este é classificado como lesão muscular indireta, pois a energia do trauma não ocorre diretamente na área muscular que se encontra anatomicamente alterada; é causada por um alongamento das fibras musculares, além do seu estado fisiológico, ou pode ser resultante de uma contração muscular excêntrica em determinado movimento esportivo, como, por exemplo, o movimento de contração dos isquiotibiais que molduram a contração concêntrica do quadríceps durante um chute no futebol. A lesão menos comum é a meniscal. Esta, em relação às outras, demanda maior tempo no tratamento, deixando os atletas longe dos campos por mais tempo; em alguns casos, o período de reabilitação passa de seis meses, acarretando prejuízos ao clube, mas principalmente ao atleta, que se encontra em um estado de inatividade física.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

PATOLOGIAS E MOVIMENTOS


“A mente que se abre a uma nova idéia nunca voltará ao seu tamanho original.”

Albert Einstein

O ensino superior no nosso país tem tomado relevante expansão no que se refere á pesquisa. Não obstante, a comunidade acadêmica em geral deve estar sempre atenta às novas descobertas e avanços que, no nosso caso, a área da saúde apresenta.

Embasados nesta idéia e na proposta de um estudo mais dinâmico, nós, estudantes do terceiro semestre do curso de Fisioterapia da Faculdade Doutor Leão Sampaio, criamos este espaço virtual de pesquisa e conhecimento. Orientados pelo professor Dr. Flávio Furtado, temos por intuito que o blog PATOLOGIAS E MOVIMENTOS crie um ponto de encontro onde se pode tratar das patologias que interferem e prejudicam o perfeito funcionamento da cinesiologia humana.

Centrados principalmente na nossa área, Fisioterapia, a nossa idéia é transmitir informação, para que por conseguinte, promovamos Saúde, que deve ser a prioridade de cada ser humano, e principalmente de nós, futuros profissionais de saúde.

Ressaltamos que abrimeros espaço para elogios, críticas e sugestões de assuntos. Basta comunicar-se conosco através do nosso endereço eletrônico patologiasemovimentos@hotmail.com.

Desde já, aproveitamos para agradecer a sua visita ao blog, e dizer que nos responsabilizaremos em oferecer sempre o conhecimento da forma mais responsável e embasada possível.

Atenciosamente,


Faculdade Doutor Leão Sampaio

Fisioterapia

Patologia

Prof. Dr. Flávio Furtado

Turma PATOLOGIAS E MOVIMENTOS

3º Semestre